sexta-feira, maio 05, 2006

Aquilo

Desces a rua com o teu sorriso de calçada molhada onde pisam os meus pés nus
Tudo o que dizes é cantado com a tua voz de respirar
Toco-te sem motivo e o motivo é querer sentir-te
Vim ler-te, decorar-te, mais do que já o fiz
Tenho mesmo de ir embora, estou no topo de um dilúvio de pensamentos e só penso em nadar na tua direcção
Abraças-me outra vez?
Preciso de sentir a tua força frágil novamente
Não te afastes, está a doer
É difícil olhar para ti, os teus olhos são o vento que me obriga a fechar os meus
Afasto-me mas sinto-me a correr de volta para ti e a inundar-te com as palavras mais doces que encontrar
Entro no carro e sinto o suicídio que é viver

Ruben A.

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