quarta-feira, abril 02, 2008

Os outros

Hoje de manhã, acordei e vi que estava outra vez sozinho, mas desta vez deitado na berma de uma estrada que começava em mim. Eu partiria mil vezes mas não tenho mil destinos, tenho como destino ser pintor cego e poeta analfabeto, porque a arte é uma forma de vida e escrever é um pedaço do nosso património. Poesia é simplesmente sentir, simplesmente pensar, sentir com os mais recônditos órgãos de um organismo imperfeito. Eu gosto de escrever...gosto de pensar, gosto de sentir...gosto mais de pensar do que sentir. Adormeço, deixo-me na estrada flácida, na estrada morta, na estrada que morre, na estrada que perde o seu sangue na terra.

Ruben A.

Sem comentários: